Sunday, May 28, 2006

RIFÃO QUOTIDIANO



Uma nêspera
estava na cama
deitada
muito cansada
a ver
o que acontecia
chegou a Velha
e zás comeu-a
é o que acontece
às nêsperas
que ficam deitadas
caladas
a esperar
o que acontece

Mário Henrique Leiria

Friday, May 26, 2006

Humour me before i have to go...

Monday, May 22, 2006

COGITO ERGO SUM



"Todos somos vítimas da exacerbação do ego"

"É uma homenagem pessoal que o sol me faz pessoalmente", sente-se tentado a pensar o senhor Palomar, ou antes, o eu egocêntrico e megalómano que nele habita. Mas o eu depressivo, ou masoquista, que coexiste com o outro no mesmo invólucro, objecta: "Todos aqueles que têm olhos podem ver este reflexo que os segue; a ilusão dos sentidos e da mente mntém-nos sempre a todos os prisioneiros". Intervém então um terceiro inquilino, um eu mais imparcial: "De qualquer modo, quer dizer que eu pertenço ao grupo dos sujeitos sensíveis e pensantes, capazes de estabelecerem uma relação com os raios solares e de interpretarem e avaliarem as percepções e ilusões".
Italo Calvino, Palomar

Sunday, May 21, 2006

HUMOR


Tuesday, May 16, 2006

Professor Moisés no Enterro da Gata

Achei esta foto tão deliciosa que não consegui resistir à tentação de a publicar aqui . Esta foto poderia ter sido tirada por mim...infelizmente não nos cruzámos para um brinde..:)
Mais fotos como esta aqui!



BONO VOX- Director por um dia

O vocalista dos U2 foi convidado para ser, por um dia, o director do jornal Independent. Nos seu editorial, Bono Vox chama a atenção, mais uma vez, para o flagelo da doença da sida em África.
Bono igual a si mesmo!

Saturday, May 13, 2006

Enterro da Gata 2006


Depois de quatro anos de "cada um para seu lado",a turma vai reunir-se no Enterro da Gata!
Como a tradição ainda é o que era,o Jantar é no "sagrado"Mariano.

Thursday, May 11, 2006

LIBERDADE(S)



Porque...a minha Liberdade começa quando termina a do outro (máxima, obviamente, adulterada! )

Sunday, May 07, 2006

POEMA À MÃE


No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe!

Tudo porque já não sou
o retrato adormecido
ao fundo dos teus olhos!

Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais!

Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.


Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura!

Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos...

Mas tu esqueceste muita coisa!
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!

Olha - queres ouvir-me? -,
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;
ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;

ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal...

Mas - tu sabes! - a noite é enorme
e todo o meu corpo cresceu...
Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber,

Não me esquecerei de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas...

Boa noite. Eu vou com as aves!

Eugénio de Andrade